Realizamos uma parceria importante com a Biblioteca comunitária Ilê Ará e aprendemos a ver a relevância que esta biblioteca comunitária desempenha na comunidade e na vida do Morro da Cruz.
Descobrimos também o trabalho que o Instituto C&A desenvolve com o projeto "Prazer de Ler" e no caso de Porto Alegre o seu parceiro (2006 a 2008) foi o Instituto Leonardo Murialdo, via Ilê Ará.
Conhecemos alguns voluntários do projeto "Prazer de Ler" que atuaram junto a Biblioteca Ilê Ará. Os voluntários são funcionários da empresa e estão cursando diversos cursos de nível superior, eles colaboraram imensamente nas atividades realizadas na biblioteca comunitária do Morro.
O "bravo, bravíssimo" (título da postagem) aprendi com o voluntariado do Instituto C&A, em uma noite regada a prêmios e a alegria, onde o que unia todos os participantes, era o gosto de ler e a vontade de fomentar a leitura na comunidade Morro da Cruz.
Bravo, Bravíssimo:
Para todos/as que compreendem que ler é um direito fundamental para a formação do cidadão e para o acesso ao conhecimento e à cultura.
Para a Biblioteca Ilê Ará, aos voluntários do Insituto C&A, ao Instituto Murialdo e ao nosso oficineiro (ele atua na biblioteca Ilê Ará, mas já o consideramos como um educador da nossa Escola) Maurício.
No segundo semestre a Escola em parceria com a biblioteca Ilê Ará, realizou oficinas de Poesia e tivemos a possibilidade de contar com o dedicado oficineiro Maurício, abaixo um poema de sua autoria.
Negro
(Poeta, músico, contador de história e oficineiro de poesia)
Hoje sara a ferida do negro
Que andou descalço,
Com os pés calejados
Pelo solo que sempre foi seu.
Liberdade foi palavra exilada
Da vida amargurada do guerreiro da noite.
A lua foi guia brilhante
Durante a noite sobre as vistas inchadas,
De uma tortura infinita.
Antes que o sol se erga
Ouvem-se gritos de desespero
Não há o que fazer a não ser
Rezar para que zumbi me traga a paz.
Trago na cor o negro guerreiro
Trago do negro a grande vitória
Trago da vida a minha história.
Chorou o negro em segredo
Em seu manto o vermelho da sua carne
Do passado traz apenas as marcas
Porém nunca deixou de ser guerreiro da noite
Sobre seu esqueleto de ferro
Há carne humana munida de sentimentos
E antes que nos ofereçam justiça
Quero ser cada dia mais negro.
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