quarta-feira, 12 de junho de 2013

As crônicas marcianas - sugestão de livro

Já faz algum tempo que só apresento sugestões de livro infantojuvenil, então hoje para fugir a regra escolhi um de ficção científica e que está disponível na biblioteca da Escola: "As crônicas marcianas".




Colocar os pés em Marte, parece ser uma das prioridades e um dos principais desafios da NASA, o "destino final" em nosso sistema solar. Espero ainda estar por aqui e presenciar este dia. 

"As crônicas marcianas" de Ray Bradbury, foi publicado nos anos 50, nos Estados Unidos, isto mesmo, o livro foi publicado antes do homem dizer: "A terra é azul" ou de ter realizado uma missão tripulada à Lua. 

São narradas histórias da colonização humana em um planeta vermelho. É claro os humanos vão à Marte em busca de recursos novos, obviamente para continuar existindo. 
É um clássico da ficção-científica, são 26 narrativas que se cruzam e podem ser lidas separadas, o diário inicia em 1999 e termina em 2026. Escrito depois da 2ª grande guerra mundial, reflete o medo dos homens em relação a uma guerra atômica que termine com a vida da terra.

Bradbury, é considerado um romântico e defensor dos valores humanistas, que teme pelo progresso e o avanço científico que leve o homem a uma catástrofe.
O livro debate sobre o homem e o seu futuro,  mostrando que tanto na Terra  como em Marte, nos depararemos com os mesmos problemas filosóficos e éticos. 
É fácil fazer analogias da narrativa com: o racismo, a guerras, o imperialismo, o descaso com o meio ambiente e a colonização.


Epígrafe do livro:


" É sempre bom renovar nosso senso de espanto", disse o filósofo.

" As viagens espaciais nos transformam em crianças novamente."




Trecho do livro:

O pai começa a explicar a seus filhos o que estava acontecendo naquele momento e porque estava queimando papéis em Marte: como o relatório da bolsa, o resumo da guerra, gráficos de negócios, teses e etc..

"- Estou queimando um estilo de vida, da mesma maneira que esse estilo de vida está sendo queimado na Terra, neste instante. 

(...) A vida na Terra nunca conseguiu se concentrar em fazer nada muito bom. A ciência avançou muito à nossa frente, rápido demais, e as pessoas se perderam na loucura mecânica, (...) dando ênfase aos objetos errados, dando ênfase às máquinas (...). 

As guerras foram ficando cada vez maiores e terminaram por matar a Terra. (...) aquele estilo de vida comprovou estar errado, e se estrangulou com as próprias mãos" ( As crônicas marcianas, Ray Bradbury, São Paulo, editora globo, 2005, página 296)




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