sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Contadores de histórias na feira do livro

Contadores de histórias aguardam visitantes na 54ª Feira do Livro


Grupos de contadores de histórias de escolas da rede municipal de ensino encantarão os visitantes da 54ª Feira do Livro. Formados por alunos, professores, funcionários e pais das comunidades escolares, os grupos apresentarão diversas atividades artísticas, literárias, pedagógicas e culturais, no estande da Secretaria Municipal de Educação (Smed), no cais do porto. O cais reunirá a parte juvenil e infantil da feira, com atividades abertas ao público das 9h às 21h, desta sexta-feira, 31, a 16 de novembro.
(...)Zaira adianta que o repertório dos grupos de contadores de histórias de cada escola é composto por vários temas, fragmentos de textos, poesias e músicas de autores nacionais e internacionais. O resultado da ampliação dos grupos a partir de 2005 alavancada pela Assessoria Técnico-Pedagógica para bibliotecas escolares da rede poderá ser conferido a partir de terça-feira, 4, quando o estande da Smed será palco para contação de histórias às 10h, 15h, 15h30 e 16h. Conforma a programação completa abaixo.


Contando Histórias na Rede

4 de novembro - Terça-feira
10h - Contação de histórias ‘Piá-Arteiro’ com Fabiane Bittencourt e Elisa Tesseler e participação da comunidade atendida pelo Programa PIM-PIÁ na Restinga
15h - Grupo de contadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Mario Quintana
15h30 - Contando Histórias na Rede com o ‘Grupo de Contadores de Histórias Dolores’ da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dolores Alcaraz Caldas
16h - Contadores de histórias da Biblioteca da Smed – As assessoras da Smed Zaira Oliveira Rios e Liria Papeléo Panitz divertirão o público com a história ‘Atchim’ de Sophie Dufeu.

5 de novembro - Quarta-feira
15h - Contando Histórias na Rede com o grupo de contadores "Contando e Encantando" da Escola Municipal de Ensino Fundamental Heitor Villa-Lobos
16h - Contando Histórias na Rede com o grupo de contadores de histórias da Escola Municipal de Ensino Fundamental Deputado Marcírio Goulart Loureiro


6 de novembro - Quinta-feira
15h - Contando Histórias na Rede com o grupo de contadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Governador Ildo Meneghetti 7 de novembro - Sexta-feira
15h - Contando Histórias na Rede com o grupo de contadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Carmo


10 de novembro - Segunda-feira
15h - Contando Histórias na Rede com o grupo de contadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Gilberto Jorge Gonçalves da Silva
16h - Contando Histórias na Rede com o grupo de contadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Afonso Guerreiro Lima


11 de novembro - Terça-feira
15h- Contando Histórias na Rede com o ‘Grupo de Contadores Contando e Convivendo’ da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Ana Íris do Amaral
16h- Contando Histórias na Rede, com o Grupo de Contadores da Campos, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Campos do Cristal


13 de novembro - Quinta-feira
10h - Contação de Histórias ‘Piá-Arteiro’, com Fabiane Bittencourt e Elisa Tesselere e participação de famílias atendidas pelo PIM-PIÁ
15h - Contando Histórias na Rede com o ‘Grupo de Contadores Portal da Leitura’ da Escola Municipal de Ensino Fundamental Deputado Victor Issler
16h - Contando Histórias na Rede com o grupo de contadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Morro da Cruz


14 de novembro - Sexta-feira
15h - Contando Histórias na Rede com o grupo de contadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Décio Martins Costa

Trechos retirados do site da SMED/POA

Nós na Feira do Livro

A Escola Morro da Cruz estará presente na 54ª Feira do Livro:

Encontro com o escritor Celso Gutfreind na Escola 04/10/2008


Estaremos presentes com os alunos na atividade "Autor no Palco":

03/11- 9 horas com Gláucia de Souza - Turmas B11 e BP
10/11- 9 horas com Marô Barbieri- Turmas B21 e B24
12/11- 9 horas com Dilan Camargo - Turmas B23 e B25
13/11 - 9 horas com Kalunga- Turmas A32 e monitores


Encontro com Celso Gutfreind -Programa de Leitura Adote um Escritor

Apresentação:
13/11 - 16 horas- Apresentação do Grupo de Contadores de História da Escola com o livro: "Menina bonita do laço de fita" de Ana Maria Machado.







Grupo de Contadores de história da Escola apresentando a história do escritor Celso Gutfreind

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Programa de Leitura Adote um Escritor é finalista do Prêmio Fato Literário

Adesão das 93 escolas municipais, participação de 49 autores e investimento de R$ 500 mil, em 2008, resultaram no sucesso e reconhecimento do Programa de Leitura Adote um Escritor que, pela segunda vez, é finalista do Prêmio Fato Literário realizado pela RBS, pelo Banrisul e pelo Governo do Estado. Resultante da parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (Smed) e a Câmara Rio-Grandense do Livro, o programa contribui para estímulo da leitura nas escolas da Capital.

Projeto- Para a coordenadora do programa na Smed, Cristina Rolim, estar entre os finalistas é uma grande vitória. "É uma resposta do trabalho que realizamos, todos os anos, e que tem crescido muito com a atuação dos coordenadores nas escolas. O Adote um Escritor faz parte do projeto político-pedagógico das escolas e transita por todas as partes do conhecimento. A comunidade escolar participa desse processo", explica.

Nesta edição do Prêmio Fato Literário, o Adote um Escritor concorre, na categoria Projeto Literário, com o Centro de Estudos em Literatura e Psicanálise Cyro Martins e com o projeto da UniRitter Liberdade pela Escrita da Penitenciária Feminina Madre Pelletier. Na categoria Personalidade disputam Luís Augusto Fischer, Vitor Ramil e Zilá Bernd.

Para participar da escolha do vencedor, basta acessar o site www.clicrbs.com.br/fato literário e clicar em "votação". O resultado será divulgado em 16 de novembro, último dia da 54º Feira do Livro de Porto Alegre.


O Prêmio Fato Literário acontece anualmente, desde 2003, e tem como objetivo reconhecer entidade, pessoa, obra ou evento que tenha se destacado na área literária, contribuindo para a produção e projeção da literatura gaúcha. Um júri oficial, formado por membros da comunidade cultural gaúcha, escolherá dois vencedores, um na categoria Personalidade e outro na categoria Voto Popular, em votação acompanhada pela PricewhaterhouseCoopers.

Outro júri, chamado de popular, escolherá um vencedor, que pode fazer parte de uma ou outra categoria. Dessa forma, ao final da apuração dos votos, serão três vencedores: dois escolhidos pelo júri oficial e um pelo júri popular. O escolhido por votação popular receberá o prêmio de R$ 10 mil e cada um dos escolhidos pelo júri oficial ganhará R$ 20 mil.

Paralelamente à votação popular para o Fato Literário 2008, Grupo RBS, Banrisul e Governo do Estado mobilizarão a comunidade em uma campanha de doação de livros. Tudo o que for arrecadado durante a Feira do Livro de Porto Alegre beneficiará instituições escolhidas pelos seis indicados ao Prêmio Fato Literário.

Retirado do site: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smed/-21/10/2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O ilustrador e escritor André Neves no Curso de Extensão em Leitura na Biblioteca Ilê Ará
Foto: Cedida pela Biblioteca Ilê Ará
Quinta-feira, participei do Curso de Extensão em Leitura do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos da PUCRS, na biblioteca Ilê Ará, e lá fiquei sabendo que a Biblioteca Comunitária (nossa parceira) recebeu 3 prêmios Nacionais do Instituto C&A do Programa "Prazer em Ler Voluntários."

Abaixo trecho da notícia sobre o prêmio:

"Um dos campeões na categoria Mobilização Externa foram os voluntários do Instituto C&A vinculados às lojas C&A de PAB, PAC e PAS , em Porto Alegre (RS), em parceria com o Instituto Leonardo Murialdo. (...)

O Prêmio Prazer em Ler – Voluntários elege as melhores experiências de engajamento e participação social do voluntariado do Instituto C&A, com foco na promoção da leitura. O anúncio dos vencedores aconteceu durante a XVII Convenção de Voluntários do Instituto C&A, realizada na tarde de hoje, em Embu (SP)." (retirado do site do Instituto C&A em 24/10/2008 -www.instituto cea.org.br)

Admiramos o trabalho realizado pela biblioteca Ilê Ará na Comunidade e destacamos a inovação do Curso de Extensão em leitura. Neste curso foi possível envolver e constituir uma rede (Universidade/NEJA/FACED/PUC, Escolas Estaduais, Municipais, Instituto Murialdo, voluntariado C&A e comunidade) onde todos possuem o objetivo comum de trabalhar a promoção da Leitura na Comunidade do Morro da Cruz.




Curso de Extensão em Leitura- Encontro com André Neves em 18/09/2008
Foto: cedida pela Biblioteca Ilê Ará

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Oficina de animação com massinha de modelar



A Escola está realizando todas às quartas, das 14 às 16 horas e 30 minutos, com a professora Rosa Casaccia, uma oficina de animação com massinha de modelar. São alunos das turmas de B10 e B20 que estão participando formando grupos de até 12 alunos.
No dia 05 de novembro, na Escola, será realizada a apresentação das animações para os alunos e eles receberão um DVD com todas as histórias produzidas em stop motion. A professora Rosa contou com o auxílio da Bibiana e da Pamela para fazer o Make off com as fotos.






Fotos: Rosa Casaccia

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Participação da Escola no Festival de Música

Que maravilhosa foi a participação da Escola Morro da Cruz, no IV Festival de Música do Comitê de Entidades no combate à Fome e pela Vida, nosso parabéns especial aos cantores e músicos que se apresentaram e à Professora Susi pelo lindo trabalho.

Parabéns à torcida organizada da Escola, vocês fizeram bonito!! E a todos que contribuiram para a participação da Escola no evento.


(abaixo trecho sobre o Festival retirado do site da PMPA / CS / Notícias )17/10/2008

EDUCAÇÃO
Escolas municipais encantam em Festival de Música
Com músicas em ritmo de baião, xote, rap, hip-hop, rock e beatbox, alunos de escolas das redes municipais, estaduais e particular de vários cantos do Rio Grande do Sul participaram do IV Festival de Música do Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida, hoje, 17, no auditório Dante Barone, na Assembléia Legislativa. Com o tema Oito Jeitos de Mudar o Mundo, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila Monte Cristo recebeu o terceiro lugar no quesito melhor música. Também foi premiada a Escola Morro da Cruz, que teve a melhor torcida da Capital.
Inspiradas em alternativas para mudar o destino do planeta, com mais respeito às pessoas e ao meio ambiente, as escolas municipais trabalharam suas composições. "Caminhos" foi a canção da Morro da Cruz, que levou ao palco mais de 30 alunos que cantaram, tocaram violão e fizeram beatbox. "Rap do Ambiente", a música da Nossa Senhora de Fátima, foi interpretada por dois MC’s, que animaram o festival. "Mundo Melhor", foi rap da Vila Monte Cristo, que levou o prêmio e foi apresentado por quatro backing-vocals, um MC, um tecladista e um violonista.

Cem anos de Cartola


O mestre divino do morro
Negro nascido no Bairro do Catete.
Aos 11 anos foi morar no
Buraco Quente.
Morro da Mangueira berço do samba.
Arraial de nego bamba!


Discípulo do pai aprende a dedilhar
As cordas do cavaquinho...
De talento intuitivo e requintado,
Compõem versos de refinada poesia.
É de sua autoria mais de 500 sambas e chorinhos!


Na lida da obra, usava um chapéu-coco
Para proteger os cabelos
Ganhou dos companheiros de labuta,
Apelido "da hora" surge o codinome
Do futuro divino "mestre cartola"!


Ainda jovem assistia, as missas da Igreja da Glória
Devoto do quarteto do coral Bach Händel.
Deleitando-se da arte, afinava-se o dom natural,
Pois não tinha nenhum estudo formal da área musical!


Sob a copa da mangueira, raiz do samba.
Reduto da negritude bamba, com Carlos Cachaça,
Funda em 1928 o Bloco dos Arengueiros.
Precursor da verde rosa!



Surge a Escola de Samba
"Estação Primeira de Mangueira".
Compõe seu primeiro samba-enredo
"Chega de Demanda".
Na década de 30 vende os direitos de
Gravação de vários sambas como
"Qual Foi o Mal que Eu Te fiz?", e, "Divina Dama"!


Por razão de fórum íntimo em 1940. Entra em decadência,
Buscando o anonimato. Só retorna ao meio artístico em 1959,
Pelas mãos do jornalista Sérgio Porto.


Que ao encontrá-lo no Bairro de Ipanema.
Na condição de flanelinha e guardador de carros.
Dá-lhe o apoio para recomeçar sua carreira genial.


Mestre que tinha o dom da palavra e a beleza.
Da melodia, homem simples, marido da Dona Zica.
Que ao longo de mais de cinco décadas,
Compôs e cantou o amor como ninguém.
Deixa-nos o legado musical mais importante do
Cancioneiro nacional!


Ao meu mestre minhas lágrimas e meus olhos tristonhos,
De saudade, e de sonhar os teus sonhos, e por fim,
Porque tudo na vida acontece!
E as rosas não falam simplesmente as rosas exalam,
E morrem de saudade de ti!!!


Ao celebrarmos o centenário do nascimento de Angenor de Oliveira,o vulgo cartola - o trovador do samba deixo esta homenagem em forma de poesia ao saudoso mestre.

Luis Carlos Pereira do Morro da Cruz
(Pai da aluna Tainá )

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Oito jeitos de mudar o mundo e a música: Caminhos

Escolas municipais estão na final do Festival de Música do Coep


As escolas municipais de Ensino Fundamental Vila Monte Cristo, Morro da Cruz e Nossa Senhora de Fátima são as três finalistas porto-alegrenses do Festival de Música do Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep-RS), que acontecerá, nesta sexta-feira, 17, a partir das 14h, no auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa. Com o tema "Oito jeitos de mudar o mundo", 20 composições de escolas de todo o Estado foram selecionadas para a finalíssima.

retirado do site: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smed/ (em 16/10/2008)

Estamos torcendo e felizes com a participação de vocês.


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dia das Professoras e Professores




"Aluna
(...)
E toda a humana docência
para inventar-me um ofício
ou morre sem exercício
ou se perde na experiência..."

"Reinvenção
A vida só é possível
reinventada."

Cecília Meireles (professora e poetisa)

Parabéns a todos nós Educadores/as que continuamos diariamente construindo a nossa humana docência e dentro do possível e do impossível recriamos o nosso ofício de Mestre.

sábado, 11 de outubro de 2008

Dia das Crianças










Não lembro quem falou, que um dos motivos de quem escolheu ser professor, é por não querer perder a sua criança.
Se a perdemos que tal começar a procurá-la por aí, um bom início é no fundo da memória e da nossa alma.
Pensei o quê sugerir como livro ou texto. A primeira coisa, que me veio na mente foi um poema da Cecília Meireles, está no livro " Ou isto ou aquilo". Cecília, como ninguém entendia as crianças e sabia brincar com as palavras. Isto, não é para muitos.
Ou isto ou Aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol,

ou se tem sol e não se tem chuva!


Ou se calça a luva e não se põe o anel,

ou se põe o anel e não se calça a luva!


Quem sobe nos ares não fica no chão,

quem fica no chão não sobe nos ares.


É uma grande pena que não se possa

estar ao mesmo tempo nos dois lugares!


Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,

ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...

e vivo escolhendo o dia inteiro!


Não sei se brinco, não sei se estudo,

se saio correndo ou fico tranqüilo.


Mas não consegui entender ainda

qual é o melhor: se é isto ou aquilo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Devias vir para ver os meus olhos tristonhos...

No sábado 11/10 o grande Cartola estaria fazendo 100 anos. Compositor, cantor, instrumentista, criador de canções que faltam adjetivos para referenciá-las, mas em reverência à sua genialidade, pode-se dizer que são parte da nossa vida, pois falam com autêntica simplicidade do amor e suas mazelas, do ser, do viver.
Nasceu pobre, teve uma vida difícil, amou, trabalhou, fundou a Estação Primeira de Mangueira, vendeu algumas canções para grandes intérpretes, passou um tempo esquecido até ser encontrado por Sérgio Porto lavando carros numa calçada de Ipanema (!!!) Voltando à vida artística e então mais reconhecido, passa a ter suas canções gravadas não só por sambistas como Beth Carvalho (As Rosas não Falam), como por Cazuza (o Mundo é um Moinho), Marisa Monte, Caetano, entre outros. Fez alguns shows, gravou discos e por volta dos 70 anos, buscando sossego para compor, descobre uma doença que o levou pra cantar em outro lugar...
Que bom que ele ainda existe em nossos corações.

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim
Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim
Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti
Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
por fim.

(As Rosas Não Falam)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Poeta do Morro da Cruz - Homenagem ao escritor Machado de Assis

Este ano, quando começamos a trabalhar na biblioteca da Escola, fizemos uma linda descoberta, nossos alunos/as retiram muitos livros de poesia.

Então, resolvemos fazer um "Sarau de Poesia", que resultou em um outro Sarau, e depois na Oficina de Poesia, que está acontecendo em parceria com o Ilê Ará (com o oficineiro Maurício). Conseguimos também adquirir novos títulos de livros deste gênero literário e o blog do Jornal da Galera também vem postando lindos poemas.

Aqui no Morro, também se faz poesia. E de ótima qualidade.

E um grande poeta é o pai da Thainá, que participa do Conselho Escolar, é um assíduo colaborador dos eventos realizados na Escola e é também um leitor freqüente da nossa biblioteca.

Seu Luís, vem contribuir com o nosso blog, fazendo essa maravilhosa homenagem ao nosso grande escritor "Machado de Assis".


O imortal bruxo do Cosme Velho

No morro do livramento
Sobre a sombra da escravidão,
Legado amoral desumano,
Da elite escravocrata deste país.
Nasce o mulatinho franzino e frágil
Joaquim Maria Machado de Assis.

É batizado na paróquia de Santa Rita
Por Maria José, viúva do senador
Maria tem como posse, a quinta do
Livramento onde vivia em abundância.
Sua protetora, fada e madrinha,
Abre-lhe as portas de escol aristocrática
Em sua primeira infância.

O sarampo e a tuberculose
Ceifam as vidas da irmã e madrinha
E de sua mãe Maria Leopoldina.

Bebe o cálice do fel lutuoso!
A intimidade com a morte,
Estabelece as relações a termo
Entre o eterno e o efêmero (...)

Por este punhado de pó.
Que a morte espargi
Na eternidade do nada
Frutifica a melancolia,
Em sua infância estigmatizada!

Seu pai Francisco José
Casa-se com Maria Leopoldina.
A madrasta zela por sua educação
Na escola pública o matricula.
A única que machadinho freqüentou,
Alfabetizou-se e outro rumo tomou
Pois emérito autodidata tornou-se (...)



Em São Cristovão, uma senhora
Francesa conhece, dona de padaria.
Sua sede de saber é saciada
Pelo forneiro que lhe ensinou francês
O idioma da civilização.
Seu horizonte se amplia,
Com luzes de erudição

O adolescente neófito
Labuta com desenvoltura
Dá nexo as palavras
Na construção das idéias
Poeta aos 16 anos
Por dom e muito afinco
Pública o seu primeiro poema
"Ela" na revista Marmota Fluminense
De Francisco de Paula Brito...

Emprega-se como aprendiz de tipógrafo
Na Imprensa Nacional
O aprendiz escreve durante
Seu tempo livre,
Desenvolvendo seu dom natural
Lapidando as palavras edificando
Obras culturais e poesias de amor
Cai nas graças do diretor
E escritor Manuel Antônio de
Almeida que tornou-se seu protetor

De revisor a colaborador
Na livraria Paula Brito
Exercita a arte literária
Na revista Marmota Fluminense,
Na sociedade Petalógica constrói
Seu circulo de amigos,
A nata dos intelectuais do Rio de Janeiro,
Entre eles exaltar
Gonçalves dias e José de Alencar



Sua garra, inteligência e força de vontade,
Leva-o a vencer todas as dificuldades
Não mede esforços para sair do
Anonimato do morro e integrar-se
À vida da intelectualidade da cidade.

O poeta estréia seu primeiro livro
De poesias "Crisálidas".
Segue a carreira de funcionário público,
Tornando-se um burocrata
Discreto e modelar.
Chega ao topo da carreira
Com denodo e dedicação, torna-se
Diretor geral do Ministério da aviação!

Casa-se com Carolina,
Irmã do saudoso amigo Novaes.
Portuguesa recatada e muito culta,
35 anos de casamento feliz,
Esposa que tanto amou.
Ao perdê-la dedicou o soneto "Carolina"
Que a eternizou.

Seu primeiro romance "Ressurreição"
Foi publicado em 1872
O Globo de então (1874), Jornal
De Quintino Bocaiúva.
Publica em folhetins o romance
"A Mão e a Luva"...

Escreveu crônicas, contos,
Poesias e romances, para
As revistas o Cruzeiro, a Estação
E revista Brasileira.
Dialoga com seus eleitores,
Criando vínculos e simpatia,
Tornando-se popular.

Sua primeira peça teatral
E encenada no Imperial
Teatro Dom Pedro II em 1880
Escrita especialmente para
Comemoração do tricentenário
De Camões o poeta de "Luziadas"
Obra épica da literatura portuguesa.

Sob a proteção da deusa Atena
Traduziu obras de La Frontaine,
Dante, Shakespeare e Edgar Poe.
Sorveu a seiva poética dos
Grandes mestres, assimilando
Conteúdos que influenciaram
Na realização do refazer
Literário da obra Machadiana

Machado de Assis o contista
Exercitou o seu fazer literário
Em 205 contos, divididos em duas fases
A primeira que se chama fase
De transição
Questão do duplo fica mais evidente,
A influência de "Poe" em sua obra.

Oscilação entre o drama e a farsa
"Educadora romântica"!
"problemática realista"!
A partir da publicação de
"Papéis Avulsos"!
Em 1882, a virada Machadiana
Em relação ao conto.

Há uma mudança de enfoque,
E outro olhar se volta a
Paisagem humana!
O escritor periférico,
Exorciza influências externas
E o seu "sentimento íntimo",
Determina a nacionalidade
De seu projeto literário.
Como romancista escreveu nove livros.
A primeira fase romântica encerra
Com a publicação de "Iaiá Garcia", 1878.
Liberta o seu gênio interior
Que em seu tapete mágico transcende
E revoluciona a literatura nacional...

Com o lançamento na imprensa
Sob a forma de folhetim o romance
"Memórias Póstumas de Brás Cubas",
Inaugura o marco do realismo
Na literatura brasileira.


"Com a pena da galhofa e a
Tinta da melancolia?"
O narrador afirma ter
Construído sua obra.
O estilo narrativo "são como ébrios".
Sem linearidade temporal.
"contrastes paradoxos", melancolia e ociosidade.
A finitude temporal e a narrativa
Do morto relatando a sua vida,
Com extrema ironia,
Revelam a genialidade do autor.

Instalou no ano de 1897, a Academia
Brasileira de Letras.
Foi eleito presidente da instituição
É o fundador da cadeira nº 23, foi
Sue patrono José de Alencar.
Faleceu no dia 29 de Setembro de 1908.
Sua oração fúnebre foi proferida
Pelo acadêmico Rui Barbosa.

Machado de Assis levou um bom
Tempo para exercer sua crítica
Sutil e sua ironia ferina
Como observador da sociedade brasileira.
E de suas mazelas.

Pois como mulato viveu em uma sociedade
Escravocrata, autoritária e racista.
Soube conviver com estas barreiras
Foi um escritor urbano, que amou
Sua terra o Rio de Janeiro.
"Tudo que quis vencer venceu"
Foi escritor de 1º grandeza!

Dedico esta poesia, no centenário da morte de Machado de Assis, à todos os alunos da EMEF Morro da Cruz, na certeza que vale a pena sonhar e empenhar-se na concretização dos mesmos. Tudo é possível, Só depende de Nós.

Luís Carlos Pereira

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Machado de Assis

Machado de Assis


Neste último dia 29 de setembro, o Brasil lembrou os 100 anos da morte do seu maior escritor e imortal, Machado de Assis. Nossa biblioteca está com um ótimo acervo de seus livros. Adquirimos este ano o livro "Esaú e Jacó" que estava faltando e mais a coleção "Literatura Brasileira em Quadrinhos", com 5 maravilhosos contos do escritor: A causa secreta, O alienista, Uns braços, O enfermeiro e A cartomante.




A Escola também comprou os seguintes livros de ficção que falam de Machado de Assis: Machado e Juca de Luiz Antonio Aguiar e O Menino e o Bruxo de Moacyr Scliar.

Para saber mais acesse o portal do MEC:


http://portal.mec.gov.br/machado.