A “Exposição Folhas de Outono” chegou ao seu fim, e já estamos articulando a próxima exposição, estaremos mantendo a parceria entre a biblioteca da SMED, a nossa biblioteca Mario Quintana e o trabalho das professoras de arte-educação. As releituras dos quadros realizadas pelos nosso alunos estão excelentes!!!
Apresentaremos mais adiante no Blog, o trabalho realizado pelos alunos/as, só precisamos de um pouco de tempo para organizá-los.
Mas, para comemorarmos o sucesso da exposição, resolvemos falar de livros e quadros.
A biblioteca possui em seu acervo o livro “Histórias de quadros e leitores”
Apresentaremos mais adiante no Blog, o trabalho realizado pelos alunos/as, só precisamos de um pouco de tempo para organizá-los.
Mas, para comemorarmos o sucesso da exposição, resolvemos falar de livros e quadros.
A biblioteca possui em seu acervo o livro “Histórias de quadros e leitores” Org. Marisa Lajolo, que faz uma convergência muito interessante de nove artistas plásticos com nove escritores.
Copiando a idéia de Marisa Lajolo, resolvi fazer a convergência de um dos quadros expostos na Escola, com um livro da biblioteca.
O quadro que eu escolhi foi o de Edvard Much"Puberdade". (1894-1895, Óleo sobre tela, 151,5 x 110cm)
Copiando a idéia de Marisa Lajolo, resolvi fazer a convergência de um dos quadros expostos na Escola, com um livro da biblioteca.
O quadro que eu escolhi foi o de Edvard Much"Puberdade". (1894-1895, Óleo sobre tela, 151,5 x 110cm)
Na pintura percebemos que a moça se sente desconfortável, há uma sombra ao seu lado, fazendo com que o quadro ganhe um toque de dramaticidade.
Munch retrata a transição da infância à idade adulta e como isto pode ser perturbador, frágil e instável.
Munch retrata a transição da infância à idade adulta e como isto pode ser perturbador, frágil e instável.
Do livro "Sexo a hora é agora?" de Fernanda Wendel, selecionei um pequeno trecho sobre este período que pode ser dramático.
"Adeus, brinquedos!
(...)
Na cabeça da Carol, essa maldita puberdade parecia mais um período em que as pessoas eram secretamente abduzidas por alienígenas para serem vítimas de cruéis experimentos científicos. De que outro jeito explicar o súbito aparecimento de espinhas, pêlos por todo o corpo, suor fedido, mãos e pés que crescem desproporcionalmente, peitos que brotam no corpo das meninas do dia para a noite e a barbinha (ridícula!) que cresce na cara dos garotos? Só podia ser coisa de E.T. !"
É ótimo conviver com os adolescentes (sei, vocês vão dizer que nem sempre, e eu concordarei com isto), mas gosto de lembrar que um dia já passei por essa fase e sobrevivi.
"Adeus, brinquedos!
(...)
Na cabeça da Carol, essa maldita puberdade parecia mais um período em que as pessoas eram secretamente abduzidas por alienígenas para serem vítimas de cruéis experimentos científicos. De que outro jeito explicar o súbito aparecimento de espinhas, pêlos por todo o corpo, suor fedido, mãos e pés que crescem desproporcionalmente, peitos que brotam no corpo das meninas do dia para a noite e a barbinha (ridícula!) que cresce na cara dos garotos? Só podia ser coisa de E.T. !"
É ótimo conviver com os adolescentes (sei, vocês vão dizer que nem sempre, e eu concordarei com isto), mas gosto de lembrar que um dia já passei por essa fase e sobrevivi.
A professora Mara me mostrou a apresentação do livro Confissões de adolescentes, de Maria Mariana e lá existe uma ótima definição para a palavra adolescer.
“Adolescer
Adolescer é coisa tão complicada que a própria palavra vem de doer, de adoecer. Exagero dos romanos, que criaram no seu latim a palavra adolescentia com essa ambigüidade? Nem tanto.
(...)
...os adolescentes costumam se sentir incompreendidos pelos mais velhos (na maior parte das vezes, diga-se de passagem, com toda razão) e adotam comportamentos e códigos próprios, desviantes dos padrões esperados, mas completamente legítimos no interior da “turma”, onde cada passo é compartilhado e a confiança é incondicional."
Adolescer é coisa tão complicada que a própria palavra vem de doer, de adoecer. Exagero dos romanos, que criaram no seu latim a palavra adolescentia com essa ambigüidade? Nem tanto.
(...)
...os adolescentes costumam se sentir incompreendidos pelos mais velhos (na maior parte das vezes, diga-se de passagem, com toda razão) e adotam comportamentos e códigos próprios, desviantes dos padrões esperados, mas completamente legítimos no interior da “turma”, onde cada passo é compartilhado e a confiança é incondicional."
E o nosso poeta também falou sobre isto:
O adolescente
Mario Quintana
A vida é tão bela que chega a dar medo.
Não o medo que paralisa e gela,
Estátua súbita,
mas esse medo fascinante e fremente de curiosidade que faz
o jovem felino seguir para a frente farejando o vento
ao sair, a primeira vez, da gruta.
Medo que ofusca: luz!
Cumplicemente,
as folhas contam-te um segredo
velho como o mundo:
Adolescente, olha! A vida é nova...
A vida é nova e anda nua
- vestida apenas com o teu desejo!"
A vida é tão bela que chega a dar medo.
Não o medo que paralisa e gela,
Estátua súbita,
mas esse medo fascinante e fremente de curiosidade que faz
o jovem felino seguir para a frente farejando o vento
ao sair, a primeira vez, da gruta.
Medo que ofusca: luz!
Cumplicemente,
as folhas contam-te um segredo
velho como o mundo:
Adolescente, olha! A vida é nova...
A vida é nova e anda nua
- vestida apenas com o teu desejo!"
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